quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

CAPITALISMO: UMA HISTÓRIA DE AMOR

O documentário faz uma ácida crítica ao sistema, que, em sua visão, beneficia alguns ricos, mas condena milhões à miséria.. Direção: Michael Moore. EUA, 2009.

sábado, 24 de dezembro de 2016

TERRITÓRIO

             Quando determinada sociedade se apropria de uma porção do espaço geográfico, cria seu próprio território. Por exemplo, quando os portugueses chegaram por aqui, iniciaram a alteração do espaço natural, ao mesmo tempo em que se apoderaram dos territórios indígenas. Surgiu, assim, uma colônia, isto é um novo território, pertencente então a Portugal. Como sabemos, esse território hoje constitui o Brasil.
            Atualmente, o território brasileiro tem fronteiras demarcadas que o separam e o individualizam em relação aos países vizinhos. Os limites entre territórios podem ser marcados por elementos naturais, como rios e montanhas, ou artificiais, isto é, criados pelo ser humano, como ruas e placas.

James & Mendes. Prismas Geográficos. FTD 2016.
            

ESPAÇO GEOGRÁFICO

       Quando os portugueses chegaram ao Brasil, no século XVI, passaram a desenvolver atividades econômicas que foram, lentamente, alterando a natureza. Inicialmente, foram extraídos recursos naturais, como madeira e ouro, porém em uma proporção maior do que a capacidade de regeneração da natureza. Com o passar do tempo, outras atividades foram sendo desenvolvidas, como a pecuária, a agricultura e a indústria, acelerando ainda mais a transformação desse espaço geográfico.
    Chamamos de espaço geográfico a soma das sucessivas transformações observadas ao longo da história. Ou seja, esse espaço é uma construção dos seres humanos realizado por meio do trabalho. E, como o trabalho nunca cessa, o espaço geográfico é dinâmico, permanentemente construído e reconstruído.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

A Geografia do crime internacional

      Outro problema enfrentado pela ONU e pela sociedade em escala planetária é o crime internacional (narcotráfico, comércio de armas, corrupção etc). Assim como a dinâmica da globalização estimula o movimento de pessoas, mercadorias e transações financeiras entre os Estados, também facilita a atuação de grupos criminosos internacionais. Nos últimos anos, apoiados nos avanços da tecnologia dos transportes e das telecomunicações, muitos deles deixaram de atuar apenas nos limites de seus países de origem, expandindo e diversificando seus negócios em todo o mundo.
          Esse fenômeno acentuou-se desde o fim da Guerra Fria, quando grupos do crime organizado oriundos da extinta União Soviética, de outros países da Europa Oriental (Albânia e Romênia, entre outros), da China, da Itália, da Nigéria, do Japão e outros passaram a ampliar sua presença internacional por meio da formação ou da consolidação de redes mundiais sofisticadas. Com acesso a grandes recursos financeiros e capazes de se adaptar rapidamente à concorrência de rivais ou à repressão das autoridades nacionais, praticam atividades ilegais muitas vezes associadas.
NARCOTRÁFICO: O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), criado em 1997, busca enfrentar o crime internacional com contribuições voluntárias de diversos países. De acordo com o Relatório Mundial sobre as Drogas (2015), 5% da população mundial entre 15 e 64 anos usava drogas ilícitas em 2013, cerca de 246 milhões de pessoas. A maior indústria ilegal do mundo, o narcotráfico, abrange diversas regiões produtoras de drogas. 

Melhem Adas, Sérgio Adas. Expedições Geograficas, 9o. ano, Editora Moderna, São Paulo, 2015, p. 75.

A represa de Assuã

         Ao longo da história, os governantes egípcios determinaram a construção de vários diques e represas para conter as cheiras do Nilo. Na década de 1960, construíram uma grande represa em Assuã, com o objetivo de produzir energia elétrica e de facilitar a irrigação, controlando as cheia. Para isso, represaram um trecho do rio, o que causou o alagamento de uma grande área em suas margens, formando o lago Nasser.
          A represa de Assuã provocou diversos impactos no ambiente, como a diminuição da quantidade de nutrientes no rio Nilo, comprometendo a alimentação dos peixes, o que levou muitas espécies à extinção e prejudicou os pescadores. Essa diminuição de nutrientes também reduziu a fertilidade das terras, dificultando a atividade agrícola e prejudicando os camponeses que viviam nessa região.
           VOCÊ SABIA? Durante a construção da represa de Assuã, arqueólogos chamaram a atenção para o perigo de que as águas da represa destruíssem construções do Egito Antigo. Por isso, vários monumentos foram deslocados para as margens do lago Nasser, preservando um importante patrimônio histórico.


DREGUER, Ricardo. Como conviver com as cheias dos rios? Editora Moderna.

China: núcleo da civilização sínica

             A civilização chinesa ou sínica teve sua origem por volta de 1500 a.C., correspondendo a uma das mais antigas entidades culturais. As bases filosóficas e religiosas dessa civilização se assentam sobre três correntes de pensamento complementares: o Confucionismo, o Taoísmo e o Budismo.
            Atualmente, a área dessa civilização se estende por vastos espaços da Ásia Oriental, envolvendo um núcleo central - as doze províncias originais da etnia han - e as províncias periféricas da China comunista, onde existe uma parcela significativa de populações não chinesas (Tibete, Xinjinag e Mongólia Interior). Porém, sob sua influência direta há também Taiwan, uma cidade-estado de população predominantemente chinesa (Cingapura), e as populações chinesas que dominam parcelas consideráveis da economia em países do Sudeste Asiático (Tailândia, Malásia, Indonésia e Filipinas). Finalmente, existem as sociedades não chinesas das duas Coreias e do Vietnã, que compartilham muito da cultura confuciana com a China.
              A República Popular da China, atual Estado-núcleo da civilização, passou por várias e importantes mudanças nos últimos cinquentas anos. Depois da saída dos invasores japoneses, no fim da Segunda Guerra Mundial, o país viveu durante quatro anos uma sangrenta guerra civil, que terminou com a vitória comunista em 1949.
                  Nos anos 1950, a China se definiu como aliada da União Soviética, situação que perdurou apenas até a ruptura entre os dois países socialistas, em 1960. Depois, a China tentou se apresentar no cenário internacional como Estado capaz de liderar os países do Terceiro Mundo, mantendo equidistância das duas superpotências da Guerra Fria. 
                Nos anos 1970, em razão do insucesso de suas ações internacionais, do isolamento diplomático pelo qual passou e dos atritos de fronteiras com a União Soviética, a China se aproximou dos Estados Unidos. A morte de Mao Tse-tung, o "pai" da China comunista, foi a senha para o início de um processo gradativo de abertura econômica, que não se fez acompanhar por maior liberdade política. A abertura econômica empreendida nas décadas de 1980 e 1990 modificou o panorama do país, gerando acúmulo de riqueza e ampliação das desigualdades e tensões sociais.
                 Com o fim da Guerra Fria, a China fixou-se em dois grandes objetivos. O primeiro deles consiste em desempenhar o papel de defensora da cultura chinesa e de polo de atração para as comunidades étnicas chinesas existentes em outros Estados asiáticos. O segundo seria o de retomar sua posição hegemônica na Ásia Oriental, perdida desde o século XIX.
                     Por conta de um imenso território, rico em recursos naturais, de seu enorme contingente populacional, de seu contínuo e consistente processo de crescimento econômico e de sua explícita intenção de se tornar a potência hegemônica da Ásia Oriental, o Estado-núcleo da civilização chinesa aparece como um dos principais atores do sistema internacional no século XXI.


OLIC, Nelson Bacic. Mundo Contemporâneo. Editora Moderna.

Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

     Embora apenas especialistas e estudiosos tenham conhecimento, foi o governo de Juscelino Kubitscheck que, ao propor a Operação Pan-Americana, em 1958, lançou as bases para a criação do BID.
        O BID tornou-se um banco de financiamento importante para o desenvolvimento que tem ocorrido nas Américas, co aportes de países desenvolvidos de outros continentes, como o Japão. Projetos relacionados à infraestrutura viária, rodovias, saneamento básico, proteção ambiental, modernização de gestão fiscal e alfandegária, melhoria da educação, entre outros, têm sido objeto de investimentos desse banco em toda a região latino-americana e caribenha (com exceção de Cuba).
           A experiência do BID com a sociedade civil tem se revelado um caso interessante para o mundo das OIs. Após uma série de atritos e denúncias envolvendo problemas socioambientais em seus projetos nos 1990, o BID criou em 2001 uma instância de consulta em suas representações nos países: o Grupo Consultivo da Sociedade Civil (ConsSOC). Formados por respeitadas organizações da sociedade civil e especialistas, os ConsSOCs auxiliam o BID para formular a estratégia-país e em ações relacionadas aos projetos do banco.

RODRIGUES, Gilberto M. A. Organizações internacionais. Editora Moderna.